quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SARNEY E “HONORÁVEIS BANDIDOS” EM MACAPÁ

No estado do Amapá, o conveniente domicílio eleitoral do presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB), a oposição está mobilizando todas as forças para transformar o lançamento do livro Honoráveis Bandidos, que faz uma devassa na vida pregressa do senador, em ato público contra a corrupção e o desgoverno. O lançamento da obra contará com a presença do autor Palmério Dória, na sexta-feira (6), às 19h, em Macapá, capital do Estado, na Livraria Amapaense.

Palmério Dória tem 53 anos, é paraense nascido em Santarém e criado em Belém, foi chefe de reportagem na Rede Globo, nos jornais Folha de S. Paulo e Estado de São Paulo. Por requerimento do deputado Camilo Capiberibe, Palmério foi agraciado com um Voto de Congratulação na Assembléia Legislativa, aprovado no dia 27 de outubro último, por unanimidade.

"É a primeira vez que o mercado editorial receberá um livro com toda a história secreta do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional da família Sarney no Maranhão e o controle quase total, do Senado, pelo patriarca que virou presidente da República por acidente, transformou um Estado no quintal de sua casa e ainda beneficiou amigos e parentes. Um livro arrasador, na mesma linha de ‘Memórias das trevas – uma devassa na vida do senador Antonio Carlos Magalhães’, do jornalista João Carlos Teixeira Gomes, também da mesma editora, e que na época do lançamento contribuiu para a queda do poderoso coronel da política baiana. Um best seller que ficou semanas nas listas dos mais vendidos.", é o que diz encarte da editora Geração Editorial.

O sumário do livro nos dá um cenário de como o autor trabalhou a obra, desenvolvendo os seguintes capítulos: Nasceu, cresceu e criou dentes dentro do Tribunal; As primeiras trapaças com a urna; Al Capone seria aprendiz perto desse rapaz de bigodinho, disse o italiano logrado; Coronéis baixam no Maranhão com ordens de Castelo: “eleger” Sarney; Um milhão de maranhenses migram; Caçula diploma-se em delinquenciologia no governo Maluf; Homem da mala morre, dinheiro some, Sarney tem um troço; No confisco de Collor, caçula salva a grana da família na calada da noite; Na área de energia, vendem até o poste; Maranhenses só veem na tevê o que os netinhos da ditadura querem; Operação Boi-Barrica pega diálogos de arrepiar; Caçula não sai de casa sem o principal adereço: habeas corpus preventivo; Lama jorra no Senado. A máquina de atos secretos.

O bicho vai pegar porque os correligionários do senador Sarney também não deixarão por menos e também vão pra rua. O Ato pode até ser restrito as dependências da livraria, sem manifestação pública. Pelo calor das eleições que se aproximam o confronto é inevitável e pode acabar no tapetão da Justiça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ei Bacana,
Não sei muito bem o que se trata, mas se é pra moralizar este país, e realmente desmacarar estes caras vão em frente...