Mariana Chammas
Do Instituto Akatu
Hoje, durante o briefing para a sociedade civil feito pela própria UNFCCC - sigla em inglês de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, responsável por organizar todas as conferências sobre mudanças climáticas, inclusive a COP 15 - a presidente da mesa pediu a todos os presentes que não fizessem mais pressão sobre os negociadores e os governos. Segundo ela, as ONGs já vêm fazendo muita pressão e muito barulho desde a última semana. Agora chegou a hora de confiarmos nos nossos líderes globais e acreditar que eles são capazes de fazer um acordo ambicioso e legalmente vinculante.
A COP 15 será a primeira e histórica oportunidade em que 110 Chefes de Estado se encontrarão na mesma conferência. Isso já é indício suficiente de que a sociedade civil deve acreditar nos nossos líderes globais e em sua capacidade de enfrentar um desafio desse tamanho.
Óbvio que mais cedo ou mais tarde ouviríamos isso da responsável da ONU pela participação da sociedade civil. Hoje (14/12), foi anunciado o limite da participação de ONGs na COP15. Por isso, a partir de amanhã, apenas metade da delegação do Instituto Akatu (formada por duas pessoas) terá acesso ao Bella Center. Na quinta-feira, apenas mil pessoas de ONGs terão acesso – sendo que estão cadastradas mais de 14 mil pessoas. E, na sexta, último dia de negociações, apenas 120 pessoas entrarão no prédio.
Agora, ficam as questões: será que a sociedade civil esgotou de fato suas possibilidades de ação e de pressão sobre os governos e os negociadores? Será que essa atitude por parte da UNFCCC não compromete a transparência, a legitimidade e a democratização da Conferência? Será que realmente confiamos na capacidade dos nossos líderes políticos para fazer um acordo do tamanho do desafio que as mudanças climáticas representam?
Temos até sexta para ver as cenas do próximo capítulo, mas do jeito que a segunda semana de negociações começou, eu estou duvidando do “sim” em qualquer uma dessas questões.
Observatório - Para o NCPAM, não há dúvida se permanecer a exclusão das ONGs, representação legítima da sociedade civil organizada, a Conferência pode até acertar na forma, mas perde em legitimidade por se transformar em "chapa branca", o clima vai esquentar e novos confrontos teremos pela afirmação do direito. A semana promete.
Do Instituto Akatu
Hoje, durante o briefing para a sociedade civil feito pela própria UNFCCC - sigla em inglês de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, responsável por organizar todas as conferências sobre mudanças climáticas, inclusive a COP 15 - a presidente da mesa pediu a todos os presentes que não fizessem mais pressão sobre os negociadores e os governos. Segundo ela, as ONGs já vêm fazendo muita pressão e muito barulho desde a última semana. Agora chegou a hora de confiarmos nos nossos líderes globais e acreditar que eles são capazes de fazer um acordo ambicioso e legalmente vinculante.
A COP 15 será a primeira e histórica oportunidade em que 110 Chefes de Estado se encontrarão na mesma conferência. Isso já é indício suficiente de que a sociedade civil deve acreditar nos nossos líderes globais e em sua capacidade de enfrentar um desafio desse tamanho.
Óbvio que mais cedo ou mais tarde ouviríamos isso da responsável da ONU pela participação da sociedade civil. Hoje (14/12), foi anunciado o limite da participação de ONGs na COP15. Por isso, a partir de amanhã, apenas metade da delegação do Instituto Akatu (formada por duas pessoas) terá acesso ao Bella Center. Na quinta-feira, apenas mil pessoas de ONGs terão acesso – sendo que estão cadastradas mais de 14 mil pessoas. E, na sexta, último dia de negociações, apenas 120 pessoas entrarão no prédio.
Agora, ficam as questões: será que a sociedade civil esgotou de fato suas possibilidades de ação e de pressão sobre os governos e os negociadores? Será que essa atitude por parte da UNFCCC não compromete a transparência, a legitimidade e a democratização da Conferência? Será que realmente confiamos na capacidade dos nossos líderes políticos para fazer um acordo do tamanho do desafio que as mudanças climáticas representam?
Temos até sexta para ver as cenas do próximo capítulo, mas do jeito que a segunda semana de negociações começou, eu estou duvidando do “sim” em qualquer uma dessas questões.
Observatório - Para o NCPAM, não há dúvida se permanecer a exclusão das ONGs, representação legítima da sociedade civil organizada, a Conferência pode até acertar na forma, mas perde em legitimidade por se transformar em "chapa branca", o clima vai esquentar e novos confrontos teremos pela afirmação do direito. A semana promete.
2 comentários:
Ninguem me perguntou se eu queria em Copenhage ONGs para me representar, e eu lhes digo que não são elas minhas representantes. Meus representantes de direito e por lei são aqueles que representam meu país, meu governo. As ONGs só trabalham para atrasar o desenvolvimento de nosso país e em especial da região norte.
Ninguem me perguntou se eu queria em Copenhage ONGs para me representar, e eu lhes digo que não são elas minhas representantes. Meus representantes de direito e por lei são aqueles que representam meu país, meu governo. As ONGs só trabalham para atrasar o desenvolvimento de nosso país e em especial da região norte.
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