quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DESISTIR JAMAIS!!!

O caciquismo político no Amazonas é uma das características provinciana do fazer político em nossa terra que teima existir. Os mandatários do poder público de tão viciados não se importam com nada, agem como se fossem proprietários da coisa pública e reduz o cidadão a rede de afinidade de suas relações patrimoniais, favorecendo e distribuindo bondade a quem julgam merecer.

Aqui a impunidade reina e ela tem sido da estatura do seu governante, reduzindo as instituições aos seus interesses particulares e aos grupos econômicos que se locupletam com o dinheiro público, dando sustentação aos projetos políticos corporativos.

Com certas exceções, naturalmente, quando os Togados reúnem-se para julgar algum ato de improbidade do poder público, em vez de se pautar na força do Direito comportam-se como crianças que esperam ser recompensado por sua boa conduta e assim continuar servindo não aos interesses coletivos, mas a vontade que emana do interesse do chefe.

A relação do Executivo com a Assembléia Legislativa ou com a Câmara Municipal – Poder Legislativo, quase sempre é de absoluto controle ou de intimidação, deixando os parlamentares estaduais e municipais atados aos interesses dominantes, salvo a participação de uma minoria que tudo tem feito para se afirmar como força oposicionista nesse universo dos aduladores.

Nesse contexto, como bem disse o observador da história republicana estamos todos bestializados frente aos desmandos e a desfaçatez dessa gente, que nada faz para esconder sua prepotência e sua arrogância porque encontra eco junto as instâncias jurídicas do Estado. Estes por sua vez, como nos antigos principados africanos, transformaram o Estado na extensão do seu corpo e de seus interesses privados.

E o povo bestializado assiste a tudo sem saber a quem recorrer. Pois, quando se contraria o pensamento único estamos sujeitos a degola e às vezes, fisicamente maltratados e atados num labirinto onde nos sentimos isolados, sozinhos num embate que deveria ser coletivo transforma-se num solitário combate reduzido as questões pessoais, forma de comportamento típico das condições paroquiais de uma relação política entre o passado colonial e o corporativismo das oligarquias modernas centradas na economia de Estado a drenar o erário público para as famílias ou grupos afins.

Muito mais grave ainda, quando os meios de comunicação estão instrumentalizados para dar legitimidade aos atos de uma prática política provinciana dessa natureza com verniz da modernidade.

No entanto, desistir jamais e vamos avançando em nossa história política, registrando atos de alguns operadores da Justiça dignos de louvor e cidadania, bem como manifestações populares que acenam a possibilidade de atitude crítica e transformadora, agregando força, organização e catalisando esperança na perspectiva de fincar um novo projeto político com novos atores gestados nessas lutas sociais com compromisso pactuado no ordenamento da justiça social e na democracia participativa.

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