segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

PESQUISA DO IBGE COMPROVA A PERVERSA DESIGUALDADE SOCIAL NO AMAZONAS

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprova que cinco municípios do Amazonas produzem 87,7% da riqueza do Estado, sendo que Manaus, onde se concentra o Pólo Industrial da Zona Franca, responde sozinha por 81,9% de tudo que o Amazonas produziu em 2008 e 2007, quando o Produto Interno Bruto (PIB) da capital do Estado cresceu de R$ 31,9 bilhões para R$ 34,4 bilhões. Nesse mesmo período, acredite se quiser, o PIB per capita - suposto ganho individual (por cabeça) do manauara - pulou de R$ 11 mil para R$ 20 mil. No entanto, a perversa desigualdade no Amazonas continua afrontando a todos, bem como, o péssimo serviço prestado pelo Estado a sua população. A concentração aumentou e a miséria se multiplicou, eis a matemática financeira da política social dominante que alimenta a corrupção no Amazonas.

Em 2007, entre os 5.564 municípios do país, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR) eram, nessa ordem, os de maior Produto Interno Bruto municipal, e respondiam, juntos, por quase um quarto da economia brasileira. Os cinco menores PIB eram, em ordem decrescente, de Olho D´Água do Piauí (PI), São Luís do Piauí (PI), Areia de Baraúnas (PB), São Miguel da Baixa Grande (PI) e Santo Antônio dos Milagres (PI). Somados, eles representavam cerca de 0,001% do PIB do País.

Já as 27 capitais eram responsáveis por 34,4% do PIB brasileiro, sendo que, a maior parte das economias de cada uma das unidades da federação estava concentrada em cinco de seus municípios.

Em relação às atividades econômicas, 202 municípios concentravam, aproximadamente, 25% do valor adicionado bruto (VAB) da Agropecuária do país, dez municípios concentravam cerca de 25% do VAB da Indústria e apenas dois municípios concentravam até 25% do VAB dos Serviços em 2007.

A participação de Osasco (SP) e a posição de Alto Horizonte (GO) no PIB do país mostraram as maiores elevações entre 2006 e 2007. Já São Francisco do Conde (BA) teve o maior PIB per capita e Jacareacanga (PA), o menor: R$ 239.506 e R$ 1.566, respectivamente. Entre as capitais, Vitória (ES) e Teresina (PI) estão nos dois extremos desse ranking, com PIB per capita de R$ 60.592 e R$ 8.341.

Os municípios também mostraram grande dependência da administração pública, que era responsável por mais de um terço da economia em 33,8% deles.

O IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, apresenta, os resultados do Produto Interno Bruto dos Municípios - 2003 a 2007. A renda gerada pelos cinco municípios com os maiores PIB, em 2007, era, aproximadamente, 25% do PIB do País. Todos eles eram capitais.

Os 50 municípios no topo do mesmo ranking geravam metade do PIB brasileiro. Já os 1 342 municípios com as menores economias responderam por até 1% do PIB do país. Essa distribuição era praticamente a mesma em 2006. Entre os 50 municípios com as maiores economias, em 2006 e em 2007, havia apenas uma novidade: Itajaí (SC), que ganhou participação em função de incentivos fiscais a empresas importadoras.

Na Região Norte, os sete municípios de maior PIB agregavam, aproximadamente, 50% do total da região. No Nordeste, os 21 municípios no topo do ranking representavam metade do PIB, no Sudeste, 13, e no Sul, 27. Brasília agregava 42,4% do PIB do Centro-Oeste e, se retirarmos esse município do cálculo, eram necessários 16 municípios para agregar aproximadamente 50% das riquezas da região.

Quatro entre os cinco municípios com os menores PIB do país eram do Piauí.
O município de menor PIB em 2007 foi Santo Antônio dos Milagres (PI), seguido por São Miguel da Baixa Grande (PI), Areia de Baraúnas (PB), São Luís do Piauí (PI) e Olho D´Água do Piauí (PI). A soma do PIB destes municípios representava 0,001% do PIB do País.

Na Região Norte, os 30 municípios de menor PIB estavam no Tocantins, exceto Santarém Novo (PA); no Nordeste, estavam no Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte; no Sudeste, em Minas Gerais, exceto Nova Guataporanga (SP). Todos os estados do Sul tiveram municípios entre os 30 com menor PIB. No Centro-Oeste, somente o Mato Grosso do Sul não tinha nenhum município nessa lista.

Maior parte da economia de cada estado está concentrada em cinco de seus municípios.
De maneira geral, na maioria dos estados do Norte e Nordeste, os cinco municípios com as maiores economias concentravam mais de 50% do PIB de seus estados. As exceções foram Tocantins e Bahia, onde esta concentração era de 46,0% e 46,9%, respectivamente. O Sudeste não apresentou padrão específico, sendo que os cinco maiores municípios do Espírito Santo e do Rio de Janeiro concentravam mais de 65% do PIB dos seus estados. No Sul e Centro-Oeste, essa concentração era bem menor, exceto no Mato Grosso do Sul (54,4%).

O Amazonas mostrou a maior concentração: os cinco municípios com os maiores PIB representavam 87,7% do PIB do estado, e o Amapá (87,6%) vinha a seguir. Já Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais tinham as menores concentrações: 35,8%, 36,0% e 37,8%, respectivamente.

Confira: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1520&id_pagina=1

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