Folha Online Informa: O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, anunciaram nesta sexta-feira (11) uma ajuda aos países pobres de 1,65 bilhão de euros (US$ 2,43 bi) para o período entre 2010 e 2012, a fim de apoiar seus esforços contra a mudança climática. Os dois governantes lançaram também uma chamada a favor de um compromisso europeu de redução de 30% nas emissões de gases do efeito estufa, oferta que será apoiada pelos líderes europeus, segundo Sarkozy. O primeiro-ministro britânico também disse que a União Europeia (UE) como um todo se prepara para prometer uma ajuda superior a 6 bilhões de euros (quase US$ 9 bilhões) para o mesmo período entre 2010 e 2012 contra a mudança climática.
Considerando estimativas anteriores de que os países pobres precisariam de até 21 bilhões de euros (US$ 30 bilhões) para os próximos três anos, uma quantia destinada tanto à luta contra as mudanças climáticas como à adaptação aos efeitos, a UE assim considera a possibilidade de conceder quase um terço desse valor. "Acredito que hoje teremos um anúncio que será superior à quantia de 2 bilhões de euros anuais", declarou Brown em uma entrevista coletiva, em uma referência ao objetivo que havia sido estabelecido pelos chefes de Estado e de governo da UE na reunião de Bruxelas que chega ao fim nesta sexta-feira.
Esta ajuda constitui um dos temas-chave das negociações internacionais na reunião da ONU em Copenhague e os europeus acreditam que o gesto estimule as demais potências desenvolvidas, em especial os Estados Unidos, a anunciar uma contribuição para ajudar os países pobres.
G77 considera "insignificante" anúncio da UE sobre financiamento
Os países em desenvolvimento, reunidos no G77, taxaram nesta sexta-feira (11) de "insignificante" a proposta da União Europeia (UE) de conceder ajuda de US$ 10 bilhões, nos próximos três anos, para que as nações mais pobres enfrentem a mudança climática. "Os recursos não são apenas insignificantes, mas alimentam ainda mais a desconfiança sobre as intenções dos dirigentes europeus em relação à luta contra a mudança climática", disse Lumumba Stanislas Dia Ping, chefe da delegação do Sudão, país que preside atualmente o G77, do qual também fazem parte a China e numerosos países latino-americanos. Dia Ping disse que a promessa da UE não cumpria o compromisso de tratar o problema a longo prazo."Nosso ponto de vista é que os dirigentes europeus estão agindo como se fossem céticos" em relação à mudança climática, declarou o líder do G77. "Estão dizendo basicamente que o problema não existe e que, portanto, não concederão financiamento", disse.
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