De vez em quando os cidadãos mais atentos são tomados de assalto por alguma declaração de políticos mandatários, tentando explicar sua prática ou definir sua postura ideológica frente a determinada situação. Recentemente, em entrevista a rádio CBN Manaus, o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), falando sobre sua prática ambientalista no fórum das nações em Copenhague, entre outros assuntos, se definiu filosoficamente como um cartesiano.
Com certeza, o lider do governo na Assembléia Legislativa do Amazonas, o deputado Sinésio Campos (PT), que tem formação em filosofia deve ter parado para decifrar esse paradoxo, tentando compreender o que de fato Eduardo Braga queria que o povo entendesse.
Em auxílio ao lider do governo saímos também em busca "das idéias claras e distintas", como bem gostaria que fosse René Descartes (1596/1650), para decodificar o discurso do governador, que lá fora se diz ambientalista e por essas barrancas do rio Negro afirmar ser cartesiano.
Inicialmente, recorremos ao Aurélio, o chamado "pai dos burros" para explicar o conceito e suas determinações. Assim sendo, segundo o dicionário clássico da língua portuguesa falada no Brasil, "diz-se da maneira de considerar um fenômeno ou um conceito isolando da totalidade em que aparece" e "afeito a idéias claras e procedimentos rigorosos".
No campo da filosofia, o cartesianismo é um movimento filosófico cuja origem é o pensamento do francês René Descartes. Para o historiador da filosofia, Bertrand Russell, Descartes é considerado o fundador da filosofia moderna e pai da matemática.
O método cartesiano, segundo Russel, põe em dúvida tanto o mundo das coisas sensíveis quanto o das inteligíveis, ou seja, duvidar de tudo, As coisas só podem ser apreendidas por meio das sensações ou do conhecimento intelectual. A evidência da própria existência – o "penso, logo existo" – traz uma primeira certeza. A razão seria a única coisa verdadeira da qual se deve partir para alcançar o conhecimento. Diz Descartes "Eu sou uma coisa que pensa, e só do meu pensamento posso ter certeza ou intuição imediata".
Tudo bem, em foco a questão metodológica sob o imperativa da racionalidade. Contudo, a discussão pauta-se no antagonismo de uma prática ambientalista, que por sua vez, fundamenta-se no método da transversalidade, interagindo com vários campos do saber e da ciência, buscando a construção da totalidade, que se conecta na compreensão da rede constituída dos ecossistemas expressos da diversidade ambientais.
Essa prática metodológica dialética promovida pelo movimento ambientalista responsável jamais se ajusta a uma lógica cartesiana, que por sua vez, é reducionista e antropocêntrica, desqualificando o Outro em si e sua relação com o Meio. No entanto, ajusta-se muito bem a uma prática governamental privatista, ávida de lucrar, capaz de depredar os recursos naturais em nome da racionalidade cumulativa do capital, opondo-se diretamente a qualidade de vida e o equilíbrio com a natureza, o que justifica a exploração do trabalho alienado e a dominação política dessa gente.
Desse modo, pode-se afirmar que a única certeza que persegue o governador do Amazonas é o continuísmo político, valendo das estratégias licitatórias para perpetuar-se no poder de Estado, em benefícios dos privilégios da corte. E, portanto, sua "intuição imediata" é que o meio ambiente, é uma boa sacada para captação de recursos internacionais em favor da Fundação Amazônia Sustentável escudada na tese da floresta em pé. E assim, as comunidades tradicionais do Amazonas transformam-se apenas num detalhe para o governante cartesiano.
Com certeza, o lider do governo na Assembléia Legislativa do Amazonas, o deputado Sinésio Campos (PT), que tem formação em filosofia deve ter parado para decifrar esse paradoxo, tentando compreender o que de fato Eduardo Braga queria que o povo entendesse.
Em auxílio ao lider do governo saímos também em busca "das idéias claras e distintas", como bem gostaria que fosse René Descartes (1596/1650), para decodificar o discurso do governador, que lá fora se diz ambientalista e por essas barrancas do rio Negro afirmar ser cartesiano.
Inicialmente, recorremos ao Aurélio, o chamado "pai dos burros" para explicar o conceito e suas determinações. Assim sendo, segundo o dicionário clássico da língua portuguesa falada no Brasil, "diz-se da maneira de considerar um fenômeno ou um conceito isolando da totalidade em que aparece" e "afeito a idéias claras e procedimentos rigorosos".
No campo da filosofia, o cartesianismo é um movimento filosófico cuja origem é o pensamento do francês René Descartes. Para o historiador da filosofia, Bertrand Russell, Descartes é considerado o fundador da filosofia moderna e pai da matemática.
O método cartesiano, segundo Russel, põe em dúvida tanto o mundo das coisas sensíveis quanto o das inteligíveis, ou seja, duvidar de tudo, As coisas só podem ser apreendidas por meio das sensações ou do conhecimento intelectual. A evidência da própria existência – o "penso, logo existo" – traz uma primeira certeza. A razão seria a única coisa verdadeira da qual se deve partir para alcançar o conhecimento. Diz Descartes "Eu sou uma coisa que pensa, e só do meu pensamento posso ter certeza ou intuição imediata".
Tudo bem, em foco a questão metodológica sob o imperativa da racionalidade. Contudo, a discussão pauta-se no antagonismo de uma prática ambientalista, que por sua vez, fundamenta-se no método da transversalidade, interagindo com vários campos do saber e da ciência, buscando a construção da totalidade, que se conecta na compreensão da rede constituída dos ecossistemas expressos da diversidade ambientais.
Essa prática metodológica dialética promovida pelo movimento ambientalista responsável jamais se ajusta a uma lógica cartesiana, que por sua vez, é reducionista e antropocêntrica, desqualificando o Outro em si e sua relação com o Meio. No entanto, ajusta-se muito bem a uma prática governamental privatista, ávida de lucrar, capaz de depredar os recursos naturais em nome da racionalidade cumulativa do capital, opondo-se diretamente a qualidade de vida e o equilíbrio com a natureza, o que justifica a exploração do trabalho alienado e a dominação política dessa gente.
Desse modo, pode-se afirmar que a única certeza que persegue o governador do Amazonas é o continuísmo político, valendo das estratégias licitatórias para perpetuar-se no poder de Estado, em benefícios dos privilégios da corte. E, portanto, sua "intuição imediata" é que o meio ambiente, é uma boa sacada para captação de recursos internacionais em favor da Fundação Amazônia Sustentável escudada na tese da floresta em pé. E assim, as comunidades tradicionais do Amazonas transformam-se apenas num detalhe para o governante cartesiano.
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