sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MANAUS ENCOBERTA DE FUMAÇA

No Amazonas, nesse período da vazante dos rios, registra-se uma mortandade de peixes concentrada em pequenos lagos, colocando em risco a segurança alimentar das comunidades ribeirinhas. Além desse fenômeno, Manaus, a capital do estado, tem amanhecido encoberta por uma densa fumaça com cheiro de queimada.

Com base em estudos de especialistas da Comissão do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, o deputado Luiz Castro (PPS) alerta para a excessiva quantidade de poeira expelida das grandes obras de construção, que associada à fumaça das queimadas, está produzindo a densa camada de partículas, observada em toda a cidade, sobretudo pela manhã.

O relatório da Comissão considera que a qualidade do ar de Manaus, no momento, é mais influenciada pelas partículas em suspensão (poeira) resultantes das excessivas áreas descobertas na cidade, as quais durante o dia, com o sol forte chegam a grandes altitudes e, pela noite, com a diminuição da temperatura, baixam para o solo absorvendo a fumaça.

Explica, que em dias antecedentes a períodos chuvosos, com a inversão térmica, esses gases aprisionados pela poeira na alta atmosfera, encontram maiores dificuldades para se dissipar nas primeiras horas da manhã, quando o cheiro de fumaça fica insuportável em toda a cidade.

Presidente da Comissão do meio Ambiente, o deputado Luiz Castro lamenta que Manaus não possua uma estação de monitoramento e controle da qualidade do ar. “Em situações como esta, não se sabe com exatidão o que está acontecendo, por falta de uma análise atmosférica direta dos elementos constantes do ar respirado pela população”, afirma.

O parlamentar critica também o desaparelhamento do Instituo de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), que possui um dos menores orçamentos da administração estadual – apenas R$ 13 milhões – enquanto a Cultura, por exemplo, dispõe de R$ 40 milhões e ainda é pouco para o muito que se deve fazer em nosso estado. O que se reclama é que o IPAAM deveria está equipado com uma estação móvel de controle da qualidade do ar.

Na avaliação do Presidente da Comissão, a situação tende a se agravar devido a ausência de chuvas e as inúmeras obras de construção que deixam o solo exposto. Ele cita como exemplo a Avenida das Torres, os viadutos, as obras do Gasoduto, no estacionamento do Vivaldão, no Prosamim e nos grandes condomínios particulares, dentre outros.

O fato é que o cidadão do Amazonas sente-se desprotegido pelo Estado, que tem sido omisso frente aos problemas apresentados, sofrendo das doenças respiratórias e outros males decorrentes diretamente das queimados e, principalmente, do péssimo serviço prestado pelas ações de políticas públicas a população.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os males continuam e os burocratas dizem que nada podem fazer porque a culpa é da natureza, acredite se quiser!