sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A LOG-IN E O ATRASO DE SEU CRONOGRAMA DE TRABALHO NO AMAZONAS



A empresa Laje Logística, uma das controladas da Log-In Logística Intermodal, que há mais de um ano vem tentando construir o Terminal Portuário das Lajes, na confluência do Encontro das Águas, na Zona Leste de Manaus, até a presente data não cumpriu as exigência legais impostas pela Liminar que ordena a reelaboração do Estudo de Impacto Ambiental seguido de seu Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA/RIMA) referente à construção do Porto das Lajes, provocando atraso em seu cronograma de aplicação, bem como descrédito junto aos seus acionistas.

A Log-In iniciou suas atividades nesse segmento em 2001, recorrendo ao transporte ferroviário para transportar as cargas dos seus clientes e, em 2002, após uma reestruturação interna na companhia Vale do Rio Doce, foi criada na área de Logística uma equipe dedicada integralmente à prestação de serviços de transporte marítimo e ferroviário de contêineres a terceiros. Em função da expertise, da grande vantagem competitiva construída, a Vale decidiu criar uma empresa independente focada no transporte e movimentação de cargas em contêineres e na prestação de soluções de logística integrada ao mercado, para permitir um foco ainda maior no negócio e garantir melhor os serviços e investimentos. Assim foi criada a Log-In Logística Intermodal S.A.

Atualmente, as atividades da Log-In estão voltadas para movimentação e armazenagem de cargas acondicionadas em contêineres, nas soluções de transporte intermodais de média e longa distância e no desenvolvimento de soluções logísticas para nossos clientes.

A construção do Porto das Lajes no Amazonas, nesse contexto, viria ampliar os investimentos da empresa Log-In no Norte do Brasil, fortalecendo ainda mais seus ganhos e seus investimentos num setor capaz de mobilizar aproximadamente R$ 400 bilhões. Nesse sentido, segundo prevê o sócio da AWRO Participações, Antonio Wrobleski – “o setor de logística partirá forte para 2010 com fusões e aquisições. O País entrará em ebulição nesta questão”.

Por esta e outras razões, a empresa Vale Mineradora, que detém 31,3% do capital social da Log-In reordenou as atividades da empresa, nomeando Jacqueline Sertã Costa para assumir a partir de novembro a diretoria financeira da empresa. A nova diretora da Log-In atuava desde 2004 como gerente geral de gestão econômica da Área de Alumínio da Vale.

No Amazonas, a Log-In (Vale) resolveu endurecer o jogo contratando lobistas para pressionar o gabinete do governador Eduardo Braga (PMDB) com objetivo de pressionar a Justiça e demais segmentos para acelerar o processo de aprovação do EIA/RIMA do Porto das Lajes, enquanto isso outra frente da empresa deverá está atuando na cooptação das lideranças comunitárias do Lago do Aleixo e do Careiro da Várzeas, em preparação a segundo Audiência Pública junto aos moradoras da vizinhança do empreendimento. Os lobistas da empresa aliados com o grupo Simões – Juma Participações – sócio no empreendimento, estão dizendo que estas tratativas deverão ser acertadas até a primeira quinzena de janeiro e que deverão chegar logo à mesa da diretoria da Empresa no Rio de Janeiro para as futuras deliberações relativo à continuação do empreendimento no Amazonas.

Tudo é jogo de cena porque o recurso a ser investido na pretensa construção do Porto das Lajes, como a empresa Log-In tem agido em relação a outros empreendimentos deverá ser sacado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o resto é figuração.

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