quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

VIOLÊNCIA CONTRA OS PADRES EM MANAUS


As Igrejas Católicas em Manaus continuam sendo alvos dos bandidos. Ontem à noite três homens armados tentaram invadir a Paróquia de São Pedro, localizado a poucos metros do Comando Geral da Polícia Militar, em Petrópolis, Zona Sul. O pároco da igreja, José Carlos Sabino, percebeu que se tratava de um assalto e conseguiu escapar dos assaltantes que estavam em uma picape Fiat Strada, de cor e placas não informadas.

Com o alarme do padre, os bandidos que estavam com armas em punho no portão da paróquia fugiram. Temendo a volta dos assaltantes, Sabino, resolveu não permanecer na paróquia no decorrer da noote. Sabino é um dos que morava com o padre Orlando Gonçalves Barbosa, que teve que se afastar de Manaus por causa das ameaças sofridas pelos mandantes da construção do Porto das Lajes.

Este ano dois párocos da igreja católica foram vitimas de ataques de bandidos. Em agosto quatro homens armados invadiram a casa do padre Orlando Barbosa, no Parque das Laranjeiras, levando o seu computador, aparelho celular e o carro, que foi abandonado no bairro Zumbi.

A policia suspeita que o padre, que atuava na paróquia da Colônia Antonia Aleixo, pode ter sido vítima de um atentado político, uma vez que é um dos lideres do movimento contra a construção do porto das Lajes. No momento oportuno, Padre Orlando deverá esclarecer o seu desaparecimento.

O assalto à casa do sacerdote ocorreu um dia antes da audiência pública, que seria realizada na comunidade Terra Nova, para discutir a construção do Terminal Portuário das Lajes.

Dezenove dias depois do ataque dos bandidos a casa do padre Orlando, eles voltaram a atacar e desta vez tiraram a vida do padre Rogério Ruvoletto, 52, de nacionalidade italiana, morto na manhã do dia 19 de setembro dentro de casa Paroquial, no bairro Santa Etelvina, com um tiro na cabeça.

A morte do sacerdote repercutiu internacionalmente e mobilizou toda a policia na caça aos criminosos. Várias pessoas foram presas, mas já passaram mais de 70 dias e o caso continua no rol dos insolúveis.

E a pretensa construção do Porto continua e a violência também.

Fonte: http://www.blogdoholanda.com/home/

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